Estratégias de Posicionamento para Mulheres da Lei

 Elaine Pedroso

Quando falamos do dia a dia de trabalho da mulher temos algumas premissas já conhecidas, sejam por nós, sejam por relatos de nossa rede! Mas sempre bom reiterar e lembrarmos que só poderemos vislumbrar uma mudança daquilo que não gostamos quando nos posicionarmos publicamente sobre e, além, criarmos oportunidades para mudar os ciclos problemáticos.

E esse posicionamento sobre o que é um problema é fundamental, especialmente porque pode transformar desafios advindos de uma sociedade patriarcal em vantagens competitivas. Em muitos ambientes, a mulher enfrenta a necessidade de provar continuamente sua competência, tem menos acesso a oportunidades de ascensão e enfrenta vieses que duvidam de sua capacidade de trabalho. Esses impactos são visíveis em questões como:

1.    A dificuldade em equilibrar demandas profissionais e pessoais: Muitas vezes, espera-se que a mulher assuma responsabilidades familiares e profissionais simultaneamente, o que pode limitar suas possibilidades de atuar em posições de liderança.

2.    Menor representatividade em cargos de liderança: Há uma escassez de mulheres em posições decisórias, o que dificulta o acesso a redes de apoio e visibilidade profissional.

3.    Remuneração desigual: Mesmo quando qualificadas, mulheres frequentemente recebem menos em relação a colegas homens nas mesmas funções e com a mesma carga de trabalho.

4.    Subvalorização e credibilidade reduzida: Em algumas situações, a mulher  enfrenta dúvidas sobre seu conhecimento técnico ou sua capacidade de gerenciar casos complexos, o que pode dificultar a construção de uma reputação sólida no mercado.

Para contornar esses obstáculos e transformar sua carreira jurídica em uma vantagem competitiva, é interessante observar quatro estratégias de posicionamento:

1.    Construção de uma marca pessoal autêntica: O fortalecimento de uma identidade profissional, comunicando sua expertise e valores em redes sociais e eventos do setor, pode aumentar a visibilidade. Esse processo deve destacar diferenciais, como áreas de atuação específicas ou abordagens inovadoras.

2.    Formação de redes de apoio e alianças estratégicas: Busque networking e mentorias com outras profissionais da área jurídica e de setores complementares, fortalecendo um sistema de apoio para troca de experiências e indicação de oportunidades.

3.    Desenvolvimento contínuo e visibilidade de conhecimento: Participe de publicações, palestras e seminários em sua área, colocando-se como uma referência em temas específicos. A visibilidade ajuda a quebrar barreiras de credibilidade e destaca suas competências para o mercado.

4.    Posicionamento assertivo em negociações: Ao discutir remunerações e condições de trabalho, seja transparente e firme em relação às suas expectativas. Dados sobre salários de mercado, aliados a uma postura de negociação bem fundamentada, podem ajudar a reduzir a diferença salarial e reforçar sua posição profissional.

 Esse conjunto de estratégias reforça o posicionamento da mulher como uma força indispensável e única no mercado jurídico, revertendo dificuldades em elementos de valor agregado. São estratégias que a princípio parecem simplistas, mas há necessidade de estabelecer uma intenção deliberada em desenvolver este posicionamento, preparando participação em eventos, fortalecendo as redes de networking e buscando incessantemente entender o mercado de atuação de cada mulher da Lei.

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